
O filme “Arpilleras” conta a história de dez mulheres atingidas por barragens das cinco regiões do Brasil que, por meio de uma técnica de bordado surgida no Chile durante a ditadura militar, costuraram seus relatos de dor, luta e superação frente às violações sofridas em suas vidas cotidianas. A costura, que sempre foi vista como tarefa do lar, transformou-se numa ferramenta poderosa de resistência, de denúncia e empoderamento feminino. Por meio desse “fio” condutor, cada mulher bordou sua história, singular e coletiva, na respectiva região do mapa do Brasil. No final das filmagens, formou-se um mosaico multifacetado de relatos de dor e superação. Estes bordados, que segundo Violeta Parra “são canções que se pintam”, trazem ao público uma reflexão do que é ser mulher atingida. Se lá, no Chile, é seguir procurando suas memórias espalhadas como grãos de areia no deserto, aqui é buscar no fundo dos rios suas vidas alagadas, organizar-se, lutar e resistir.
– – –
The film “Arpilleras” tells the story of ten women affected by dams of Brazil’s five regions, which, through an embroidery technique that emerged in Chile during the military dictatorship, stitched their narratives of pain, struggle and overcoming the violations suffered in their daily lives. The sewing, which had always been seen as a household task, became a powerful tool of resistance, denouncement and female empowerment. Through this common “thread”, each woman embroidered her story, singular and collective, in their respective region of the map of Brazil. At the end of the filming, a multifaceted mosaic of accounts of pain and overcoming. These embroideries, that, according to Violeta Parra are “songs that paint themselves”, bring to the public a reflection of what it means to be a woman affected by dam. If there, in Chile, it is to seek memories spread out like grains of sand in the desert, here it is to search at the bottom of the rivers for their flooded lives, organize themselves, fight and resist.
– – –
La película “Arpilleras” cuenta la historia de diez mujeres afectadas por represas de las cinco regiones de Brasil que, por medio de una técnica textil surgida en Chile durante la dictadura militar, cosieron sus relatos de dolor, lucha y superación frente a las violaciones sufridas en sus vidas cotidianas. La costura, que siempre fue relegada al quehacer del hogar, se transformó en una herramienta poderosa de resistencia, de denuncia y de empoderamiento femenino. Por medio de este “hilo” conductor, cada mujer cosió su historia, singular y colectiva, en su respectiva región del mapa de Brasil. Al final de las grabaciones, se formó un mosaico multifacético de relatos de dolor y superación. Estos textiles, que según Violeta Parra son como “canciones que se pintan”, traen al público una reflexión de lo que es ser afectada. Mientras que allí en Chile es continuar buscando sus memorias, esparcidas como granos de arena en el desierto, aquí se trata de rescatar sus vidas sumergidas del fondo de los ríos, organizarse, luchar y resistir.
– – –
FICHA TÉCNICA
entrevistadas: CLAÍDES HELGA KOHWALD SIMONE MARIA DA SILVA MARTA CASTANA DO ESPÍRITO SANTO MARIA DE FÁTIMA DA CONCEIÇÃO ALVAREZ ELAINE C. S. MELO MARIA ALACÍDIA DA SILVA MOTA SEBASTIANA CASTILHO PATRÍCIA JOSÉ DE SOUZA MARGARIDA CALISTO OLÍMPIO MARINA CALISTO ALVES
direção: COLETIVO DE MULHERES DO MAB
narração: DIRA PAES
entrevistas ADRIANE CANAN GUILHERME WEIMANN
som e montagem BRUNO FERRARI
fotografia VINICIUS DENADAI GOMES
ass. fotografia GUILHERME WEIMANN
roteiro ADRIANE CANAN BRUNO FERRARI GUILHERME WEIMANN VINICIUS DENADAI GOMES
trilha sonora original LUCIANA PARELHO ANDREY RODRIGUES
música final “UM SONHO PRA VIVER” JOSÉ ALVES DA SILVA
finalização de costura ESTHER VITAL
animação BRUNO CANDEIAS
ilustração VITOR TEIXEIRA
finalização de som PIER VALENCISE
finalização de cor MARINA FRANZOLIM
ass. produção LUNÉIA DE SOUZA THIAGO ALVES ELISA ESTRONIOLI MÉRCIA VIEIRA SUERDA ALMEIDA
legendas LEONARDO MANFFRÉ
imagens aéreas YURI BARICHIVICH
som de estúdio MARI BLUE (OUVIDO EM PÉ)
projeto gráfico VINICIUS DENADAI GOMES VITOR TEIXEIRA
uma produção do MOVIMENTO DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS
Saiba mais: https://www.facebook.com/arpilleras
http://mabnacional.org.br/