
Cineastas indígenas da Índia Midia divulgam documentário alertando sobre a grave situação enfrentada por seus familiares isolados, os Awá Guajá, da Terra Indígena Araribóia, uma das mais ameaçadas da Amazônia. Os Awá Guajá dependem intrinsecamente da floresta para sobreviver – para caça, coleta, para água. No entanto, a floresta da terra indígena Araribóia está gravemente ameaçada. Em torno dele, nada fica parado.
Direção: Flay Guajajara, Edivan dos Santos Guajajara e Erisvan Bone Guajajara / Roteiro: Mari Correa / Edição: Mari Corrêa, Flay Guajajara e Edivan Guajajara / Narração: Flay Guajajara / Edição de áudio: Hélio Rimaud / Produção e assessoria: Clara Roman, Majoí Gongora, Bruno Weis e Antonio Oviedo / Fotografias: Flay Guajajara, Eliza Cappai/Greenpeace e Uirá Garcia / Pesquisa de Imagens: Cláudio Aparecido Tavares / Animação: Estúdio Caxa / Canto: Olímpio Iwyramu Guajajara / Legendas em Inglês: Beatriz Velloso, Jaye Renold, Sarah Shenker / Legendas em Espanhol: Giovanna Coutinho Marra
Coprodução: Mídia Índia, Instituto Socioambiental e Instituto Catitu
Apoio: Embaixada da Noruega, Instituto Makarapy, e If Not Us Then Who?
Parceiros: Ccocalitia, Survival International
Dados oficiais do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostram que o Maranhão já desmatou 46% de sua cobertura florestal. Nos seis municípios do entorno do território indígena, esse número é ainda maior: 52,5%. Os povos indígenas Awá Guajá, isolados, compartilham o território indígena Araribóia com seus parentes Guajajara. São 120 Guajajaras que lutam para proteger os remanescentes florestais de suas terras e garantir a existência de seus parentes isolados por meio de atividades de vigilância e monitoramento.
O cineasta indígena Flay Guajajara fez essa filmagem, criando este documentário para mobilizar os defensores da floresta em todo o mundo.
Erisvan Guajajara da Mídia Índia diz: “Não tínhamos permissão dos Awá para filmar, mas sabemos que é importante usar essas imagens porque se não as mostrarmos ao mundo, os Awá serão mortos por madeireiros. Precisamos mostrar que os Awá existem e suas vidas estão em risco. Estamos usando essas imagens como um grito de socorro e pedindo ao governo que proteja as vidas de nossos parentes que não querem contato com estranhos.